Para o Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), 2025 consolidou-se como um ano de investimentos importantes na qualificação ainda maior da infraestrutura e do funcionamento das mais de 2 mil escolas da rede estadual de ensino. Considerando os recursos aplicados em reformas, pinturas, obras de ampliação e na alimentação escolar, o volume total de investimentos chegou a aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

O secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, destaca que os investimentos realizados ao longo de 2025 estão diretamente ligados ao fortalecimento da qualidade do ensino no Paraná. “Cada ação executada tem como foco central a aprendizagem dos estudantes. Ao modernizar as estruturas, ampliar espaços, incorporar novas tecnologias e fortalecer as condições de funcionamento das escolas, o Estado cria ambientes mais eficientes para o processo educacional”, afirma.

Novas escolas

Em 2025, o Governo do Paraná ampliou a rede estadual de ensino com a entrega de nove novas escolas nos municípios de Fazenda Rio Grande, Cascavel, Medianeira, Ibiporã, Colorado, Toledo, Sengés, Mandirituba e Goioerê, beneficiando cerca de 7.700 estudantes, com investimento de R$ 94 milhões.

Além disso, estão em construção 18 novas unidades escolares em Itaperuçu, Piraquara, Rio Branco do Sul, Araucária, Apucarana, Goioerê, Santo Antônio do Sudoeste, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, Palotina e Toledo, que devem ampliar o atendimento para aproximadamente 13.570 alunos, com investimento estimado em R$ 332 milhões.

Obras e serviços

Em 2025, o Governo do Estado destinou R$ 354 milhões para obras de reforma e revitalização da rede escolar estadual. No total, 84 intervenções foram concluídas e 207 seguem em execução, beneficiando 291 escolas de diferentes regiões do Paraná. As ações incluem adequações de acessibilidade, instalação de sistemas de prevenção e combate a incêndios, modernização elétrica para climatização das salas de aula, renovação de cozinhas e refeitórios, além da recuperação de coberturas e demais áreas estruturais.

Entre os destaques estão as obras emergenciais implementadas nas sete escolas do município de Rio Bonito do Iguaçu, afetadas pelo tornado que atingiu a cidade em novembro. Na ocasião, a atuação ágil do Governo do Estado foi essencial para garantir que cerca de 1,5 mil estudantes da cidade pudessem encerrar o ano letivo de 2025. Em até dez dias após o evento, todas as seis escolas do campo da região, de gestão estadual, retomaram as atividades.

Paralelamente, o Governo do Paraná assegurou R$ 10 milhões para a reconstrução completa do Colégio Estadual Ludovica Safraider, localizado no centro da cidade, com previsão de retomada das atividades em um prédio totalmente reestruturado no início de 2026.

A rápida recuperação das escolas e de outros espaços públicos de Rio Bonito do Iguaçu também contou com a atuação do Programa Mãos Amigas, vinculado ao Fundepar, com apoio da Secretaria de Segurança Pública. Cerca de 100 custodiados atuaram por 30 dias em serviços de limpeza, manutenção e pequenos reparos, permitindo a reorganização imediata dos ambientes escolares e o avanço das etapas seguintes de recuperação. Na área educacional, os trabalhos se concentraram principalmente nos Colégios Estaduais Ludovica Safraider e Ireno Alves dos Santos, além da Apae, com ações de limpeza, pintura e reparos estruturais emergenciais.

Para assegurar a retomada das atividades escolares, o Governo do Estado destinou R$ 75 mil, por meio de parcela extra do Fundo Rotativo do Fundepar, sendo R$ 50 mil para o Colégio Estadual Ireno Alves dos Santos e R$ 25 mil para o Colégio Estadual Ludovica Safraider. Com a conclusão da fase emergencial, as obras seguem em 2026, com foco na reconstrução completa das instituições de ensino afetadas, com investimento inicial previsto de até R$ 16 milhões.

Substituição das salas de madeira

Em 2025, o Paraná substituiu 320 das 504 salas de madeira identificadas, o que representa 63% do total. O investimento foi de cerca de R$ 103 milhões e beneficiou mais de 11 mil alunos. Outras 143 salas estão em obras, o que levará o índice para 91,8%. Dessas 143, 12 já foram finalizadas, 93 estão em fase de execução e 38 estão com contratos em início de execução.

Escola Mais Bonita

Voltado à preservação dos espaços escolares e à resposta rápida às demandas do dia a dia das unidades de ensino, o programa Escola Mais Bonita tem como objetivo garantir ambientes adequados e seguros para estudantes e profissionais da educação. Em 2025, a iniciativa destinou R$ 140 milhões para a execução de ações emergenciais, serviços de manutenção ágil e melhorias voltadas à segurança em cerca de 1.600 escolas da rede estadual, beneficiando cerca de 800 mil estudantes em todo o Paraná.

Os investimentos viabilizaram intervenções como reparos e adequações elétricas, melhorias de acessibilidade, atendimento a exigências do Corpo de Bombeiros, pintura, ajustes estruturais e outras melhorias essenciais, assegurando melhores condições de funcionamento e fortalecendo o papel da escola como espaço de aprendizagem, convivência e cuidado.

Escolas do futuro

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), anunciou e deu início, em 2025, à implantação de sete novas escolas no Estado, por meio do programa Escolas do Futuro. O projeto integra arquitetura inovadora, sustentabilidade e novas metodologias pedagógicas a serem viabilizadas nos municípios de Piraquara (Jardim Holandês), Toledo (Pinheirinho), Curitiba (Tatuquara), Fazenda Rio Grande (Gralha Azul), Ponta Grossa (Gralha Azul), São José dos Pinhais (Guatupê) e Araucária (Jardim dos Pássaros) com expectativa de impactar cerca de 12,4 mil estudantes

A previsão é de que a primeira unidade concluída seja a UNV Jardim Holandês, em Piraquara, com investimento de aproximadamente R$ 33 milhões, área construída de quase 6 mil m² e capacidade para 1,5 mil alunos. A entrega está prevista para 2026, sendo a primeira escola do Paraná com certificação internacional Leed, além da AQUA-HQE™, selos que reconhecem construções sustentáveis.

O projeto prevê uso de energia solar, reúso de água da chuva e ventilação cruzada, com potencial de redução de até 100% no consumo de energia elétrica e 40% no uso de água, consolidando um novo modelo de escola pública voltado ao futuro da educação.

Novo Planetário no Parque da Ciência

O Governo do Paraná deu início, em 2025, à construção de um dos maiores e mais modernos planetários da América Latina, que será implantado no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A construção será viabilizada com foco na sustentabilidade, por meio do uso de madeira engenheirada e em tecnologia de ponta, contando com sistemas avançados de projeção para simulação do céu em alta definição.

O projeto, selecionado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) e pelo Fundepar por concurso público nacional, é assinado pelo escritório Nardo Grothge Arquitetos. Com investimento estimado em cerca de R$ 40 milhões, o planetário terá grande saguão expositivo, café, auditório, salas multiúso e uma cúpula de projeção de última geração, equipada com tecnologia Zeiss, referência mundial em sistemas imersivos.

A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2026, com capacidade para receber aproximadamente 140 mil visitantes por ano, consolidando-se como um centro de excelência em educação, ciência e turismo no Paraná.

Eficiência e precisão nas obras

O Fundepar lançou, em novembro, o Plano de Implantação do BIM, que estabelece diretrizes para a adoção da metodologia Building Information Modeling nos projetos, contratações, gestão e fiscalização de obras escolares. A metodologia funciona de forma integrada e colaborativa reunindo, em um modelo digital único, todas as informações técnicas, geométricas, financeiras, temporais e operacionais de uma edificação.

Ao longo de todo o ciclo de vida da obra, do projeto à execução, passando pela operação e manutenção, o BIM permite maior precisão no planejamento, na orçamentação, na gestão de contratos e na fiscalização, reduzindo erros, retrabalhos e desperdícios, além de qualificar a tomada de decisões e o uso dos recursos públicos.

A iniciativa marca a migração do modelo CAD para o BIM, conforme determina o Decreto Estadual nº 10.086/2022, e tem como objetivo modernizar os processos do Instituto, promovendo mais eficiência, qualidade, rastreabilidade e redução de erros, além de economia de tempo e recursos públicos ao longo de todo o ciclo de vida das edificações.

A implantação será gradual, com metas de curto, médio e longo prazo, e envolverá capacitação das equipes técnicas, desenvolvimento de projeto-piloto e operação assistida. O processo será executado pelo Fundepar, com apoio técnico do Laboratório BIM do Paraná (LaBIM-PR), vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística (Seil), e articulação com a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).

A metodologia BIM permitirá maior precisão na orçamentação, melhoria na gestão de contratos, fiscalização mais eficiente das obras e avanços na manutenção dos imóveis escolares, consolidando o Paraná como referência nacional na modernização da gestão de obras públicas educacionais.

Materiais e equipamentos

Para modernizar e equipar as escolas, foram entregues R$ 290 milhões em mobiliário e equipamentos para 2.088 unidades escolares. Somente em 2025, foram adquiridos 11.743 aparelhos ar-condicionado, de 24.000 e 30.000 BTU's, no valor total de R$ 59.822.069,60, para climatização de salas de aula e laboratórios. Houve a entrega também de equipamentos de cozinha industrial como, por exemplo, fogões, coifas, fornos combinados, lava-louças, batedeiras planetárias e multiprocessadores, mais de 60 mil conjuntos escolares, buffets, materiais de limpeza e papel sulfite.

Transporte escolar

Em 2025, R$ 250 milhões foram destinados ao Programa Estadual do Transporte Escolar (PETE), que atende alunos do sistema estadual de ensino que residem a mais de dois quilômetros da escola mais próxima, que tem problemas de locomoção, acessibilidade ou que precisam percorrer uma rota perigosa. Neste ano, mais de 210 mil estudantes utilizaram o transporte escolar no Paraná.

Rastreamento e modernização

Outra ação importante implementada pelo Fundepar em 2025 foi o projeto Educação no Rumo Certo que visa modernizar e tornar mais seguro o transporte escolar no Paraná, com investimento de R$ 1,3 milhão. A iniciativa utiliza um sistema de rastreamento em tempo real dos veículos, permitindo maior controle das rotas, da quilometragem e da execução do serviço, o que melhora o planejamento, a pontualidade e a segurança dos trajetos.

O programa contribui diretamente para a redução da evasão escolar, ao garantir o deslocamento regular dos estudantes, beneficiando mais de 210 mil alunos que utilizam o transporte escolar no Estado.

Iniciado em fevereiro de 2025, o projeto-piloto foi viabilizado nos municípios de Cambé, Corbélia, Luiziana, Rolândia, Reserva do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Ibiporã e Iretama. Os resultados positivos durante o ano, já indicaram a ampliação da iniciativa, com renovação do contrato, inclusão de novos municípios e previsão de licitação em 2026, permitindo a adesão de todo o Estado.

Além de aumentar a transparência na aplicação dos recursos, o sistema otimiza o preenchimento do Sistema de Gestão do Transporte Escolar (Siget), assegura maior precisão no cálculo do custo aluno e fortalece a gestão do Programa Estadual de Transporte Escolar (Pete), que contou com R$ 250 milhões em investimentos em 2025 para atender estudantes de 1,7 mil escolas estaduais.

Capacitação de merendeiras

Pela primeira vez, o Governo do Estado promoveu uma formação em larga escala exclusiva para merendeiras. Em parceria com o Senac, o Fundepar garantiu capacitação para profissionais de mais de 2 mil escolas, com investimento de R$ 364,8 mil, qualificando ainda mais o preparo da alimentação escolar em todo o Paraná.

A capacitação ocorreu em cozinhas-escola de 22 municípios e impactou diretamente qualificação do serviço de alimentação escolar, com foco em boas práticas de manipulação de alimentos, aproveitamento integral dos ingredientes e preparo de receitas mais nutritivas e atrativas, fortalecendo hábitos alimentares saudáveis entre os estudantes.

O curso valorizou itens que já integram o cardápio enviado às escolas, como berinjela, couve e beterraba, ensinando formas criativas de preparo para ampliar a aceitação dos alunos. Além da qualificação técnica, a iniciativa serviu como reconhecimento ao papel das merendeiras como agentes centrais da comunidade escolar, contribuindo para a saúde, o bem-estar e a qualidade da alimentação dos estudantes e consolidando a alimentação escolar como uma política pública integrada à educação.