Três astronautas chineses regressaram à Terra, após seis meses na estação espacial Tiangong, onde desenvolveram experiências científicas e trabalhos de melhoria das instalações.
O módulo da tripulação desceu lentamente, após se ter separado do veículo de regresso à Terra, aterrissando com um paraquedas vermelho e branco em Dongfeng, na região da Mongólia Interior, no norte da China, junto à orla do deserto de Gobi.
O regresso tinha sido adiado por um dia devido a ventos fortes e fraca visibilidade. A zona é propensa a tempestades de areia nesta época do ano.
Os astronautas Cai Xuzhe, Song Lingdong e Wang Haoze foram enviados para a estação espacial Tiangong em outubro e entregaram o controle da estação, nessa terça-feira (29), à nova tripulação que chegou para substituí-los.
A nave Shenzhou 20, que transportou a nova equipe, levou também equipamentos para experiências científicas no espaço e novas tecnologias para a estação.
A estação espacial Tiangong, ou "Palácio Celestial", consolidou a China como um dos principais integrantes da nova era de exploração espacial e do uso de estações permanentes para investigação científica.
A estação foi inteiramente construída pela China, após o país ter sido excluído da Estação Espacial Interacional por questões de segurança nacional levantadas pelos Estados Unidos.
O programa espacial chinês é gerido pelo Exército de Libertação Popular, o ramo militar do Partido Comunista Chinês.
Durante a permanência a bordo, os três astronautas fizeram diversas experiências e trabalhos de melhoria na estação.
Dois dos astronautas, Cai e Song, realizaram uma caminhada espacial de nove horas - a mais longa no programa espacial chinês -, informou a agência espacial da China.
O programa espacial do país tem registrado avanços significativos nos últimos anos. A China já colocou um robô explorador em Marte e uma sonda no lado oculto da Lua. O objetivo agora é colocar um astronauta na Lua antes de 2030.
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