As exportações de carnes in natura feitas pelo Paraná chegaram a US$ 1,56 bilhão entre janeiro e abril de 2025, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O volume representa um crescimento de 20,8% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram exportados US$ 1,29 bilhão.
Os valores, que constam no
, divulgado nesta segunda-feira (12), levam em conta o volume vendido pelo Paraná a outros países de carne de frango, suína e bovina.A de frango representa a maior fatia entre a exportação de carnes. Foram exportados US$ 1,32 bilhão em carne de frango in natura, o que representa um crescimento de 14,4% em relação ao ano anterior. O produto é o segundo alimento exportado pelo Paraná, atrás somente da soja em grão, com US$ 1,47 bilhão.
A carne suína in natura teve crescimento de 75,1% nas exportações, chegando a US$ 172 milhões comercializados com outros países. Já a carne bovina in natura registrou aumento de 86,5% e chegou a US$ 60,5 milhões no período.
Considerando todos os produtos da pauta, as exportações paranaenses chegaram a US$ 7,44 bilhões, com destaque também para farelo de soja (US$ 389 milhões), açúcar bruto (US$ 308 milhões), cereais (US$ 267 milhões), papel (US$ 261 milhões), automóveis (US$ 218 milhões), madeira compensada ou contraplacada (US$ 213 milhões) e celulose (US$ 188 milhões).
“A estratégia de diversificação produtiva é fundamental na geração de empregos qualificados e salários mais elevados, ampliando a qualidade de vida dos paranaenses e consolidando a robustez da nossa economia”, afirmou o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia.
Países
Ao todo, os produtos paranaenses chegaram a 200 países ou mercados diferentes ao longo dos quatro primeiros meses do ano. A China segue sendo o principal destino das exportações. Foram US$ 1,74 bilhão vendidos para o país asiático entre janeiro e abril de 2025, representando 23,4% das exportações do Paraná no período.
Na sequência, estão Argentina (US$ 532 milhões) e Estados Unidos (US$ 493 milhões), que, em ambos os casos, aumentaram o volume de produtos comprados do Paraná. No caso da Argentina, o crescimento foi de 72%. Já com os Estados Unidos, o aumento foi de 3,8%.
O aumento do comércio com estes dois países foi alcançado mesmo em um cenário internacional marcado pela elevação das tarifas de importação pelo governo norte-americano, reforçando a competitividade dos produtos paranaenses.
De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os números levantados demonstram que o Paraná também é competitivo na produção e exportação de mercadorias de alto valor agregado. “As nossas vendas externas não se restringem aos produtos primários, sendo relevante também o comércio de itens manufaturados sofisticados”, disse.
Importações
As importações paranaenses entre janeiro e abril de 2025 chegaram a US$ 6,5 bilhões, fechando um saldo de US$ 915,7 milhões na balança comercial do Paraná no quadrimestre.
Entre os produtos mais importados estão adubos e fertilizantes (US$ 802 milhões), óleos e combustíveis (US$ 494 milhões), produtos químicos orgânicos (US$ 456 milhões), autopeças (US$ 446 milhões), produtos farmacêuticos (US$ 345 milhões) e produtos químicos diversos (US$ 274 milhões).