A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) a operação Traccia, que mira uma família suspeita de distribuir mercadorias falsificadas oriundas do Paraguai. Conforme a investigação, o núcleo familiar sediado em Curitiba era responsável por estruturar e coordenar uma suposta rede de logística voltada ao recebimento, armazenagem e distribuição de produtos da região da fronteira.
Entre os bens ilícitos movimentados, destacam-se celulares, cigarros eletrônicos e cigarros industrializados estrangeiros.
“A investigação identificou um núcleo familiar em Curitiba, responsável por estruturar uma rede de logística voltada ao recebimento, armazenagem e distribuição de mercadorias oriundas da fronteira com o Paraguai. Entre as mercadorias movimentadas estão celulares, cigarros eletrônicos e cigarros industrializados estrangeiros. Para operacionalizar o suposto esquema eram utilizados operadores logísticos. Parte do material abastecia comércio em Curitiba e outra parcela seguia para São Paulo, onde também era comercializada”, declarou o delegado federal Mateus Calabresi.
Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a operação também resultou na apreensão de bens vinculados a indícios de lavagem de dinheiro, medida voltada a descapitalizar a estrutura criminosa e assegurar a disponibilidade patrimonial para eventual reparação de danos e confisco judicial.
Durante o cumprimento das buscas, o principal investigado tentou destruir o aparelho telefônico, com a finalidade de eliminar possíveis provas contra si.
Tal conduta caracteriza, em tese, o crime de obstrução de justiça, previsto no art. 2º, §1º, da Lei nº 12.850/2013, razão pela qual, caso se constate o efetivo dano ao equipamento, o investigado responderá criminalmente por tal prática.
A operação cumpre seis mandados judiciais expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Curitiba. As ordens judiciais são executadas simultaneamente nas cidades de Curitiba, Foz do Iguaçu e São Paulo.