12/11/2025 | 16:23
Presidente do Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondon critica novas importações de tilápias do Vietnã

Mesmo sendo um dos maiores produtores do mundo, o Brasil enfrenta críticas após o governo liberar a importação de tilápia do Vietnã, favorecendo concorrentes externos e gerando insegurança entre produtores e trabalhadores do setor aquícola.

O Brasil é o quarto maior produtor de tilápia do mundo, atrás apenas da China, Indonésia e Egito. Segundo o Anuário PeixeBR 2025, o país produziu cerca de 662 mil e 200 toneladas de tilápia, o que representa um aumento de 14,3% em relação a 2023, quando foram registradas 579 mil toneladas.

Com esse volume, a espécie respondeu por 68,36% de toda a produção de peixes cultivados no Brasil, reforçando sua liderança absoluta no setor.

Com um mercado que movimenta milhões de reais e sustenta milhares de empregos diretos e indiretos, o setor tornou-se estratégico para a economia brasileira.

Por isso, a recente decisão do governo federal de liberar a importação de tilápia do Vietnã gerou indignação entre produtores e especialistas.Em abril, o Ministério da Agricultura e Pecuária revogou a proibição que impedia a entrada de tilápia proveniente do Vietnã.

Isso frustrou muitas entidades defensoras do agronegócio como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Frente Parlamentar da Agropecuária, Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondon, dentre muitas outras.

A medida é vista pelo setor como um contrassenso: em vez de fortalecer o mercado interno e proteger a produção nacional, o governo abre espaço para um concorrente direto, que pode afetar empregos e reduzir a renda de famílias brasileiras ligadas à piscicultura.

No último dia 06, um contêiner com 24 toneladas de tilápia vietnamita partiu do porto de Ho Chi Minh, com destino ao Brasil.

Esse é o primeiro de 32 contêineres — totalizando 700 toneladas — contratados pelo Grupo JBS para abastecer o setor varejista e de alimentação, além do showroom de produtos da empresa.A chegada da carga ao porto de Santos, em São Paulo, está prevista para 17 de dezembro de 2025.

Agora, como novo presidente da Comissão de Aquicultura e Pesca do Sistema FAEP, o presidente do Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondon, Edio Chapla, manifesta sua preocupação destacando que a atividade é ampla na região e essa concorrência com o mercado externo vai inviabilizar os preços praticados pelo produtor que já possui pequena margem. Chapla, espera que haja mobilização política para barrar essa decisão unilateral do governo. 

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